As Luvas Hápticas Dexmo, produzidas pela empresa chinesa Dexta Robotics, trazem novas possibilidades de interação no ambiente da Realidade Virtual. Por meio de um exoesqueleto que se assemelha a uma garra, a luva é capaz de rastrear individualmente os dedos do usuário e restringir seus movimentos, de forma a simular a sensação de estar em contato com um objeto no ambiente da Realidade Virtual. As luvas são completamente wireless, se conectando a computadores por meio de bluetooth. São leves, confortáveis e possuem até 6h de bateria.
A Dexmo possui quatro demonstrações de como essa tecnologia funciona.
A primeira apresenta um extintor de incêndio que o usuário pode pegar e utilizar. A sensação do "segurar" é possível graças ao exoesqueleto da luva, que impede seus dedos de atravessarem o objeto do ambiente virtual.
A segunda demonstração permite o usuário segurar um coração pulsante que, quanto mais se fecha os dedos em torno dele, mais ele sente o pulsar em seus dedos.
A terceira demonstração apresenta uma torneira cuja o usuário pode aumentar ou diminuir o fluxo da água, e ao colocar a mão embaixo da água, é possível sentir as gotas caindo em seus dedos de acordo com o fluxo escolhido.
A última demonstração apresenta um teclado com o qual o usuário pode interagir tocando com seus dedos.
A Dexmo tem como seu público alvo atual as fabricantes de carro e aplicações médicas, e são, infelizmente, inacessíveis a consumidores ainda por conta de seus altos custos.
No futuro, no entanto, é muito possível que ela seja inserida ao cenário de jogos em conjunto aos óculos de Realidade Virtual. Com algumas adaptações, a luva permitiria maior interação com os objetos dos jogos, além de promover sensações que podem aumentar a imersão em diversos gêneros, desde jogos de tiro a jogos de terror.
Uma crítica é que as luvas atualmente são dependentes de trackers externos; sendo assim, o consumidor deve comprar dois produtos separadamente, além de que ficam mal posicionados, causando pequenas inconsistências no rastreamento. Seria interessante para o futuro a inserção de trackers próprios, dentro da própria luva.
Além disso, acredito que aumentaria muito a imersão da luva ao se possibilitar sensação de diferentes temperaturas nos dedos e mão, de forma que possamos perceber diferentes materiais e superfícies.
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